Regra geral a mãe que amamenta deve realizar uma dieta diversificada. Embora não esteja cientificamente provado há conhecimento efectivo da relação causa/efeito no respeita a alguns alimentos.
Desta forma recomenda-se que enquanto amamenta a mãe deve:
- Condicionar a ingestão de alimentos que produzam gás, tais como: couve-flor, brócolos, couve-de-bruxelas, couve verde escura, grelos, pepino, pimentão verde e vermelho, cebola crua e favas.
- Evitar a utilização de condimentos e especiarias.
- Não ingerir bebidas estimulantes (chá preto, bebidas à base de chá, café e álcool) ou sumos gaseificados.
- Reduzir o consumo de frutos como: citrinos, kiwi, banana e frutas silvestres e evitar a ingestão de morangos e frutos silvestres.
- Não exagerar no consumo de leite de vaca ou derivados (não exceder 1 litro/dia).
- Minimizar a quantidade de alimentos crus na dieta diária. A sua dieta deve consistir em 70 a 80% de alimentos cozidos e apenas 20 a 30% de alimentos crus, dando preferência a cozidos, grelhados, assados e fruta cozida.
- Realizar uma dieta simples e diversificada, rica em ovos, carne, peixe, cereais e saladas de alface e/ou cenoura.
- Ingerir bastantes líquidos tais como: água, infusão de cidreira, camomila ou de funcho.
As cólicas do bebé são, por assim dizer, vistas como o indomável monstro que habita dentro de todos os recém-nascidos. Mas há que ter presente que são um quadro benigno, perfeitamente normal que pode começar nas três primeiras semanas após o nascimento e que geralmente cessam por volta dos três meses de idade.
Para serem capazes de controlar a ansiedade e nervosismo os pais devem saber o que fazer e como fazer para aliviar as cólicas. Há dois pontos-chave no que se refere ao cuidado do recém-nascido com cólicas, que são:
- Cuidados alimentares da mãe que amamenta.
- Ações a desenvolver para favorecer o trânsito intestinal e o alívio das cólicas.
“… como existem controvérsias na literatura (sobre os alimentos ingeridos pela mãe que podem piorar os sintomas das cólicas do lactante, o mais indicado seria que a mãe que amamenta tivesse uma alimentação variada e o mais “saudável” possível, evitando “excessos” e sempre observando as reações no organismo de cada bebé. O que ajuda muito é manter a calma, já que não se trata de uma doença (é uma adaptação do bebé à vida extra-uterina) e não traz consequências danosas para o bebé. A cólica vem e passa, não costumando ultrapassar os 3 a 4 meses de idade.”
In Sociedade Brasileira de Pediatria, online, 24 agosto 2014