1. Estarei grávida?
Esta é a primeira pergunta que o casal coloca quando está a tentar engravidar. A cada novo ciclo, sempre que o período menstrual falha ou perante um sintoma associado à gravidez, começa a corrida à farmácia e aos testes de gravidez. Mantenha a calma e as expectativas moderadas. Apesar de estes testes apresentarem grande fiabilidade, a gravidez só será verdadeiramente confirmada através de um exame ginecológico e com a observação do normal desenvolvimento do bebé.
2. E se perder o bebé?
O primeiro trimestre da gestação pode ser particularmente stressante e gerar muita ansiedade nos pais, particularmente na mãe. Durante os primeiros três meses, o desenvolvimento do bebé implica profundas transformações no corpo da mãe (fisiológicas e emocionais) com forte impacto no seu bem-estar e equilíbrio emocional.
A fase inicial da gravidez também é a mais exigente para o desenvolvimento do bebé e a possibilidade de ocorrer um aborto espontâneo é um dos principais receios dos pais.
3. Será menina ou menino?
O sexo do bebé é a grande questão do segundo trimestre da gravidez. Depois de ultrapassado o período mais crítico do desenvolvimento do bebé, a consciência de que está a gerar um filho está cada vez mais presente e a vontade de o conhecer aumenta de dia para dia. Na segunda ecografia da gravidez, realizada entre a 19ª e a 22ª semana, o seu médico já lhe poderá dar essa resposta.
4. Fazer sexo magoa o bebé?
Devido às alterações hormonais algumas mulheres sentem um maior desejo sexual (especialmente durante o segundo trimestre da gravidez) mas têm receio de que essa atividade possa magoar o bebé. Este receio também pode ser partilhado pelo pai.
No entanto, se a sua gravidez é normal, não há qualquer impedimento para que mantenha a chama acesa. Em caso de dúvida ou se precisar de uma confirmação profissional, fale com o seu médico e aconselhe-se sobre o que pode ou não fazer.
5. O que posso fazer para ter uma gravidez saudável?
Isto inclui os cuidados com a higiene pessoal, a alimentação e o exercício físico. Na gravidez, as necessidades energéticas e nutricionais estão aumentadas, dependendo sobretudo do trimestre de gestação em que se encontra. Note contudo que este aumento de necessidades não significa ter que comer por dois.
Igualmente importante é que, mesmo antes de engravidar e se sofrerem de alguma condição de saúde que possa influenciar o normal desenvolvimento do bebé, o partilhem abertamente com o médico.
6. Estarei a fazer alguma coisa que prejudica o bebé?
Se é fumadora, consome álcool ou drogas poderá questionar-se sobre o seu estilo de vida e as consequências que esses hábitos podem ter no desenvolvimento do bebé.
Se é fumadora, procure reduzir ao mínimo o consumo de tabaco ou, melhor, deixe mesmo de fumar. O mesmo acontece com as bebidas alcoólicas e com as drogas. Regra geral, não deve tomar medicamentos durante a gravidez, a menos que sejam receitados pelo seu médico.
7. Quanto custa um bebé?
A família cresce e as despesas também. Fazer contas à chegada do bebé é uma preocupação para todos os pais. Desde o essencial aos caprichos dos próprios pais, a lista pode ser infinita e ingerível. Convém preparar uma relação do que precisa mesmo de comprar para a chegada do bebé, do que pode aproveitar (de irmãos mais velhos ou dos primos, por exemplo) e do que pode comprar mais tarde.
Para além dos preparativos (o quarto, a roupa, os acessórios para o banho e para o transporte), ainda tem que fazer contas às fraldas, às consultas, ao leite de substituição e ao parto (eventualmente).
Apesar do investimento que terão que fazer, poderão ficar mais tranquilos se constituírem uma pequena poupança a que possam recorrer para despesas imprevistas nos primeiros meses de vida do bebé.
8. Como vão os irmãos, os animais de estimação e os restantes membros da família acolher o novo bebé?
Se tem filhos pequenos ou animais de estimação pode ficar apreensiva sobre a forma como vão receber o bebé e adaptar-se ao novo elemento da família. Na maioria dos casos, tudo volta à normalidade nas primeiras semanas e todos conseguem adaptar-se e viver em harmonia.
Quando o casal já tem um outro filho, as mudanças que um novo bebé introduz nas rotinas e na dinâmica da família vão ser sentidas pelo mesmo. Para minimizar este impacto e preparar o irmão para algum distanciamento inicial, converse com ele durante a gravidez sobre as mudanças que se avizinham, explique as necessidades do mais pequenino e envolva-o nas decisões que envolvem a família.
9. Será que vou ser capaz de tomar conta do meu bebé? Serei um bom pai/mãe?
Todos os pais desejam o melhor para os seus filhos mas ninguém é perfeito. Acredite que desde que ame o seu bebé, o proteja e faça o seu melhor, tudo vai correr bem. A parentalidade também se aprende e o amor também acontece.
No entanto, se frequentar um curso de preparação para o parto, se estiverem atentos e atenderem às necessidades do bebé, se se informarem como cuidar do bebé e tiverem consciência dos desafios futuros (como a amamentação) pode ser uma ajuda para se sentir mais seguros e confiantes para enfrentar esta nova fase da vida familiar.
Devo deixar de trabalhar?
A dada altura da gravidez, alguns pais podem questionar-se sobre a possibilidade de um dos membros do casal deixar de trabalhar para se dedicar a 100% aos cuidados parentais. A decisão de como criar uma família é muito pessoal e só a família a pode tomar.
Para além do fator económico (a maior parte das famílias tem dificuldade em fazer face às despesas do dia a dia apenas com um salário), também é preciso pensar no que acarreta abdicar de uma carreira e dedicar a vida exclusivamente à família. Todas as opções são válidas desde que acreditem que são as que fazem mais sentido.