8 Segredos para proteger o seu filho contra as doenças
Há comportamentos e pequenos hábitos que fazem com que se nasça e viva com mais saúde.
A saúde da criança começa antes da gravidez, quando os pais se preparam para a conceção uma vez que está provado que certos hábitos e estilos de vida influenciam a fertilidade de ambos os membros do casal, nomeadamente a alimentação.
Durante a gestação, o bebé depende da mãe para receber todos os nutrientes de que precisa para crescer e fortalecer o seu sistema imunológico. Ao nascer, o bebé vem equipado com uma herança genética que irá condicionar o seu desenvolvimento em conjunto com uma série de outros fatores como a alimentação, hábitos culturais e rotinas que irá adquirir ao longo da vida.
Educar para comportamentos saudáveis, é um desafio que se coloca a todos os pais, todos os dias. Como pode proteger o seu filho contra as doenças?
1. Onde tudo começa
A saúde da criança começa na gravidez, muito antes de nascer. O estilo e os hábitos de vida da mãe influenciam desde logo o desenvolvimento embrionário e toda a evolução da gestação. Tabaco, álcool, stress ou a alimentação são fatores que, ao afetar a saúde da mãe se reflectem no desenvolvimento do seu bebé. Mas também há outros fatores como a diabetes ou outras condições de saúde genéticas que se podem vir a reflectir mais tarde na saúde da criança.
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2. Amamentar em exclusivo até aos 6 meses de idade
O leite materno é o alimento mais completo que pode oferecer ao seu filho. O leite materno tem todos os nutrientes necessários para suprir as necessidades energéticas do bebé até aos 6 meses de idade. Mas as vantagens do leite materno não terminam aqui.
Para além de nutrir, transmite os anticorpos da mãe ao bebé que o irão proteger contra infeções reforçando o seu sistema imunológico para toda a vida. Por ser equilibrado e produzido de acordo com as necessidades do bebé, o leite materno protege contra as alergias, anemia e previne a obesidade, entre outros.
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3. A importância da diversificação alimentar
A introdução de novos alimentos na dieta do bebé após os 6 meses de idade é uma fase delicada para a sua saúde. A partir desta idade, a alimentação exclusiva com leite materno deixa de ser suficiente para suprir todas as necessidades nutricionais, nomeadamente, o ferro cujas reservas presentes no corpo do bebé se começam a esgotar.
A introdução de novos alimentos deve ser faseada, gradual e adaptada à etapa do desenvolvimento da criança para favorecer a adaptação do palato a novos sabores e texturas, facilitar a identificação dos alimentos que provoquem eventuais alergias ou outras reações indesejáveis como a assadura do rabinho e garantir o aporte de todos os nutrientes necessários às suas necessidades energéticas.
O cuidado na preparação das refeições (lavagem adequada de legumes e frutas, mesmo que oferecidas descascadas), a qualidade da água utilizada para beber simples ou para a preparação do leite, a não adição de sal e açúcar, a preparação caseira e simples das refeições, entre outros cuidados, favorecem uma boa adaptação aos novos alimentos, protegem a saúde do seu filho e contribuem para a criação de hábitos alimentares saudáveis que se irão reflectir nas suas preferências alimentares e na relação que irá estabelecer com a comida quando já tiver idade para decidir sobre as suas opções alimentares.
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4. Alimentação adequada a cada fase do desenvolvimento
Adoptar uma dieta saudável, equilibrada e nutricionalmente rica é fundamental para a promoção da saúde. É através da alimentação que a criança consegue suprir todas as suas necessidades de ferro, proteínas, cálcio, vitaminas e sais minerais que contribuem para um crescimento saudável e adequado.
A introdução de alimentos variados na dieta do bebé (a partir dos 6 meses de idade) é um dos maiores contributos que pode dar para o seu bem-estar. É importante incluir na dieta infantil todos os alimentos da roda dos alimentos, nas porções recomendadas e evitar os alimentos nutricionalmente pobres mas com elevado teor calórico como as refeições e alimentos processados industrialmente, ricos em açúcar, corantes e outros aditivos nocivos ao organismo ou potencialmente alergénicos.
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5. Vacinas em dia
Apesar das polémicas à volta da vacinação, não há motivo para não proteger a criança contra algumas doenças para as quais à resposta e que podem ser prevenidas.
Respeitar o calendário de vacinação protege não só o seu filho mas todas as pessoas com quem se relaciona nos vários contextos diários e evita graves problemas de saúde pública.
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6. Exercício físico e brincar ao ar livre
O exercício físico é fundamental para o desenvolvimento infantil, físico e emocional. Praticar uma actividade física ou simplesmente brincar, reforça o sistema imunitário e melhora o sistema circulatório e respiratório. Mas o contacto com diferentes grupos, também irá ajudar o seu filho a integrar-se em diferentes grupos e a expandir os seus horizontes.
O contacto com o ar livre é uma excelente oportunidade para desenvolver atividades em família, brincar com a terra, respirar ar puro e ter contacto com o sol, fonte natural de vitamina D e com novas bactérias que vão ajudar a criança a desenvolver o seu sistema imunulógico.
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7. Dormir é meio sustento
Já diz o velho ditado. Dormir é uma necessidade básica. Dormir as horas adequadas, num ambiente que propicie o descanso, é condição básica para o crescimento harmonioso da criança e para o seu bem-estar físico e emocional. A privação ou a má qualidade do sono está associada a distúrbios como ansiedade, dificuldade de aprendizagem, obesidade, alterações metabólicas e da memória, entre outras.
Enquanto a criança dorme, é libertada a hormona do crescimento, os conhecimentos adquiridos durante o dia são organizados e armazenados e o corpo repõe energia e equilibra-se.
Descansar o tempo necessário e uma boa noite de sono é fundamental para enfrentar o dia com energia e com a mente desperta. E esta necessidade não se aplica apenas às crianças mais crescidas mas também ao recém-nascido. Os bebés que não dormem as horas necessárias ficam irritados, com dificuldade em adormecer e com falta de apetite.
A ausência de uma verdadeira rotina do sono, com regras coerentes aplicadas diariamente, é uma das principais causas para as dificuldades do sono do bebé e da criança e, em última instância, de toda a família.
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8. Educar com muito amor e carinho
Estar presente. Crescer num ambiente amoroso, seguro e com a certeza do amor dos pais é fundamental para o desenvolvimento e para uma saúde mental equilibrada. A felicidade reduz o stress (fator que contribui para dores musculares, de cabeça ou intestinais, gastrite, etc. e que pode despoletar o aparecimento ou agravamento de certas doenças), favorece o normal desenvolvimento do sistema hormonal, reforça o sistema imunológico, aumenta os níveis de energia e bem-estar, diminui a produção de adrenalina e aumenta a produção de endorfinas, que ajudam a relaxar.
O afeto dos pais é transmitido aos filhos ainda na barriga da mãe. A comunicação através do toque, caricias e voz dos pais, ajudam a estabelecer uma relação de cumplicidade muito antes de se conhecerem verdadeiramente. Tudo começa numa relação à distância que se fortalece com o nascimento e que se tornará na base da verdadeira realização pessoal e da qualidade das relações que a criança irá desenvolver por toda a sua vida, consigo e com os outros.
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